Às vezes, tratamos de assuntos que são urgentes e de cujo teor sentimos falta. Outras vezes, devemos aclarar coisas que já vivemos, mas sentimos a necessidade de tratar para confirmar e aprofundar o caminho já percorrido. Para as pessoas que consagram a vida a serviço da justiça e luta por um novo mundo possível, a Ética é algo assim. É como entre duas pessoas que se amam. Não é necessário que um diga ao outro "eu te amo". A pessoa já sabe pelo olhar e pelos pequenos detalhes da vida. Mas, quem não gosta de escutar, mesmo que não seja nenhuma novidade: "eu te amo". Pode dizer todo dia que cada vez soará como a melhor novidade.
Assim, podemos conversar aqui sobre Ética ecológica e ecumênica. Há certos ambientes nos quais, quando sou chamado para falar sobre Ética me sinto mal porque penso que o pessoal me acolhe pensando: agora vamos falar de dever, obrigação, lei moral ou até de religião. Falar de Ética ecológica e solidária aqui é bom porque é como entoar uma música que todos conhecem, amam e esperam que se entoe. É como percorrer novamente um caminho que nos é conhecido e querido. Os companheiros e companheiras que fazem um encontro como este, comprometidos com a Agroecologia, já vivem a Ética ecológica e ecumênica, isto é, solidária. Aprofundar esta questão da Ética é, então, reconhecer um caminho que já vivemos.
terça-feira, 24 de junho de 2008
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